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Que seja loucura a mais simples canção

Que o medo não tenha força,

e que a cegueira não nos atinja.

Que a mudez não nos diga,

o que não pode ser ouvido.

Que o grito seja de liberdade,

e o silêncio uma opção.

Que a tristeza ao longe,

seja apenas música.

E que o amor distante,

apenas saudade presente.

Porque sem partidas,

não há chegadas.

Que o discurso transcenda os singnos,

e que os significados não se percam pela repetição.

Que o respeito seja o tom,

os sentimentos, a melodia

e o silêncio, a simplicidade.

Que não nos calem,

nem nos façam ouvir.

Que não nos prendam,

ou nos obriguem a ir.

Que não seja necessário clamar por calma,

ou empunhar a paz pelas ruas.

Que a tensão não corroa nosso tecidos,

pela recompensa que está no paraíso.

Que se pense como vulcões,

e também como rios.

Que o medo não promova a solidão,

e que o convívio floresça em meio ao isolamento.

Que o reflexo não aterrorize,

mas lembre doce-de-leite.

Que a origem-mãe seja a certeza,

e que do futuro não se saiba.

Que incerto premente seja a possibilidade,

de se cantar “alegria, alegria” pelas ruas.

Que a banda anime o cansaço,

e que o silêncio seja abrigo.

Que achemos respostas,

mesmo sem querer.

Pois metade delas estão em mim,

e a outra metade, em ti.

(*) poesia escrita em 11/ja/2009, inspirada na música Metade de Oswaldo Montenegro 😉

Sua sorte da semana

Será quem será!

Esteja segur@

e possua coração tão maior que tua fortuna.

Pensa mais do tem

e tenha no pensamento

que o mundo não está pronto.

Esteja pront@

para inacabadamente olhar ao redor

e ver possibilidades

e não deixar o Nada vencer seu embate com o Tudo.

Faça teus negócios de maneira,

antes a não causar tristeza a qualuer um(a),

e por fim a provocar alegria em ti própri@.

Não te aflijas,

que o amor, está para além do calor da mão amada,

para além da flor, da dor e da rima pobre,

está em ti e em mim.

Seja!

CASA & LAR

A casa é construída de materiais palpáveis
O lar é uma construção de valores imateriais

A casa nos abriga das intempéries
O lar abriga nossos sentimentos

A casa é o lugar que se usa para comer, dormir, etc.
O lar é onde se encontra afeto e acolhimento

Na casa, criamos e alimentamos problemas
No lar, resolvem-se os problemas

Na casa, as pessoas co-existem
No lar, as pessoas convivem

Na casa, desdenha-se de nossos valores
No lar, sonhamos juntos

Na casa, nascem muitas lágrimas e doenças
No lar,  plantam-se sorrisos e curas

A casa oprime e sufoca
O lar aconchega.

Após a (re)leitura desse texto(*) confirmei o que já desconfiava: eu morva numa casa.

Felizmente, não de forma indolor, agora construo um lar.

(*) texto recebido numa apresentação daquelas que se manda por email a muitas pessoas – mas que veio a calhar na minha vida. Autoria atribuída a Abigail Guimarães, inspirada numa reflexão de Alba Magalhães David.

Resposta a uma grande amiga

Casa
não era aqui.
Ficou

atrás
Fiquei
aqui.

assim
assimilei.
Até lá
o lar
não largo
nem longe
meu
só.

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