Ensino a Distância
Cursos à distância se proliferaram, é verdade… penso muito sobre o assunto, elenco vantagens e desvantagens mas nada consigo concluir exatamente sobre isso. Somos envolvidos necessariamente por nosso pré-conceitos e vivências que parecem ser a chancela de validação para dizer o que seja ou não bom. Bem… mas não podemos viver tudo – daí nascem estudos e leituras de opiniões alheias. Mas ainda acho que haja poucos estudos bons, confiáveis e recomendáveis sobre o tema. Estou indo pelo caminho da experiência, me inscrevendo em cursos EaD (nacionais) e vendo como são conduzidos, como avaliam, quanto e se cobram, etc.
No âmbito nacional conheço e recomendo iniciativas como as do SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados), do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e do ILB (Instituto Legislativo Brasileiro do Senado Federal).
No âmbito internacional existe o tradicional Open Course Ware do MIT que conta com muitos cursos (mais de 2000) das áreas de arquitetura, planejamento, engenharias, biológicas, artes, ciências sociais e humanidades.
A Sttanford University, que é uma faculdade conceituada dos EUA, tem iniciativas mais recentes e apresenta opções como Desenvolvimento e análise de algoritmos (início em 23/jan/12), Modelagem (início em 23/jan/12), Teoria dos Jogos (início no fim de fev/12) e Construção Verde (início em fev/12) e Teoria da Informação (início em mar/12).
Agora, dentro da categorias dos pagos (e acho que USD 400 para cursos voltados a países em desenvolvimento é bem pago) há também os da UNITAR (United Nations Institue for Trainig and Research) testá com inscrições encerradas para o de Mobilidade Urbana Sustentável em Países em Desenvolvimento mas ainda dá para se inscrever no de Introdução à Responsabilidade Social Corporativa.
Que a tecnologia chegou e ficou, não há dúvidas… que o cuspe e giz tem sido menos eficiente tem sido percebido tanto por pesquisas quanto pelos sentimentos dos atuais professores, que concorrem com celulares, iphones, facebook, etc. Proibir é cada vez mais inviável e pouco inteligente, pois significa rivalizar com algo muito mais atrativo que um orador à frente de uma turma (não por ser tecnologia, mas por abrir muito mais portas à diversidade de pensamentos). Até o novo PNE já incorporou a ideia que devem ser previstos recursos educacionais tecnológicos (e abertos!) no sistema de ensino.
Mas e o contato humano, perguntam muitos, onde fica? Será que a invenção do cinema apartou as pessoas? A TV? Penso que não… o contato humano é insubstituível, e talvez precisemos enxergar a tecnologia como forma de aproximar pessoas. Afinal, não é mais próxima uma conversa com vídeo com seu amigo do outro lado do mundo hoje do que um telefonema possível até algumas décadas atrás?
Acho que é muito mais difícil dar um curso bom à distância do que na sala de aula. Da mesma forma que é mais difícil escrever um livro do que ensinar uma turma.
Mas não é difícil dar um curso ruim, seja à distância, seja presencial. Uma aula em que o professor copia fórmulas na pedra, sem interação com os alunos, chega a valer muito como contato humano? E o tempo que o povo fica no trânsito para ir numa aula chata, é de qualidade?
Dar um bom curso é difícil sempre, independente do meio/mídia.
Mas ainda tenho uma sensação de que, na lousa, presencialmente, parece haver mais chance de interação… é uma sensação apenas. Talvez porque pareça haver mais chance de ele ser interpelado sobre a fórmula x, na esperança ingênua dos alunos de que ele finalmente os enxergue.
Por outro lado, replicar uma dúvida num email e ficar sem resposta é quase ter uma comprovação do desinteresse do professor – aí as coisas ficam menos na sensação.
E quanto ao tempo perdido no trânsito e nas imensas fila (do bandejão, do COASEAS, da SPTrans p/ carregar o bilhete de estudante, etc.) não só não é de qualidade como acaba com a qualidade do humnor de qq pessoa o dia inteiro.