FIMCOMEÇO
Parti d´A falta que ama
livro do poeta beijo-flor
e fui além,
apesar,
de leitura anterior,
leia-se 35,
some-se uma dúzia,
mais seu consecutivo,
ao último acrescentar meia dúzia.
Dúvida?
Basta seguir as instruções.
Aí ressignifiquei-o!
Basta.
Foi este o resto da divisão,
e tomei a liberdade de brincar
de poesia.
Não.
Poetisa não me pretendo,
pois é negócio de grande responsabilidade.
Não simplesmente se acorda
e se é.
Mas ousei.
Ousadia me levou:
longe, alguém…
correspondi
e perdi.
Sua obra começa
pelo fim
das comemorações de aniversário:
DISCURSO
E para quem já fez,
sabe como é:
faz – refaz – monta – remonta – relê.
Remontei, lei e preferi as pares
(com as devidas adapatações
que o tempo e as intenções
fazem aos pares):
Eternidade
não existe
Valeu a pena farejar-te
como a um cão
nos chamados instantes inesquecíveis.
Por que mesmo?
em êxtase
e dor
em paz
e inquitude
o acabamento perfeito
…
Até existe a palavra
letra morta
incomunicável
impenetrável
que nem a nós mesmos confessamos
e nunca o faremos.
Porque teu sorriso era de fraude.
E da 15, idade das menina-moças,
passo ao quarto
de século
quando Qualquer
TEMPO É TEMPO
agora meu,
hora de (re)nascer
de ver, rever
de viver.
Volto à dele
(apenas por mais um ano)
cujo título é duplo
não mais transparência
não mais ele
Apenas minha
ida.