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Criança = a alma do negócio

Antes de ler o escrito abaixo recomendo que tenham um tempinho disponível e assitam ao vídeo: Criança, a alma do negócio

Recomendo que assistam até o fim, porque vale a pena!

Fiquei impressionada com a quantidade de de pares de sapato da menina – numa fase da vida em que um par de sapato não dura 1 ano, pois nesse tempo o pezinho já cresceu. Daí deduzo que os mais de 30 pares devem ter sido comprados nos último 6 meses…

E a quantidade de brinquedos dos dois meninos na sequência! Impossível de tentar contar – e eu que achava que tive mtos brinquedos na infância…

“A maioria das meninas a partir de 3 anos” já usam batom diz uma profissional da educação em outra passagem. Meninas a partir de 4, 5 anos já estão bem maquiadas. Meninas que fazem hidratação toda semana para deixar o cabelo liso. Já pensaram que insatisfação com o próprio corpo está-se incultindo na cabeça das futuras mulheres?! As empresas de cirurgia plástica e clínicas de estética deveriam pagar royalties às empresas de “produtos para criança”.

E a menina que nunca sai sem batom, base e lápis de olho?! Notem que ela nem trocou os dentes de leite ainda!!!

As roupas, a maquiagem, entre outras coisas inserem as crianças no mundo, o mundo dos consumidores. Estimuladas por todos, inclusive pais e mães (ou não limitada por pais e mães) que têm como atividade familiar corriqueira “ir às compras”. Os mesmos pais e mães preocupados com a precoce inserção de suas filhas na vida sexual… Mas se estimula-se a preocupação delas com o corpo e os valores adultos, porque esperar que o amadurecimento sexual seja contido? Óbvio que não será. Pena que os pais não percebam que muitas vezes eles corroboram indiretamente para que isso ocorra – estimulando a criança-consumidor.

Se ela pode decidir sua comida, sua roupa, seu celular, pq não pode escolher todo o resto?! Aliás o que não pode escolher?! E qual a maturidade para exercer todas essas escolhas, especialmente em tempos em que os pais cada vez menos acompanham a vida de seus filhos?!

Será moralismo meu ou do vídeo?

Penso que não, estou numa linha menos pró-família no sentido mais tradicional de sua formação e mais olhando o quanto a “TV entretém” o criançada enquanto os pais trabalham para subsitência e/ou para prover certos luxos menos necessários que a sua presença no cotidiano de suas experiências, ao menos para que possam fazer (caso queriam e consigam) um contraponto ao bombardeio diário de “compre isso” ou “consuma aquilo”. Fazer inserções cansadas e discretas no cotidiano versus exposição vívida e contínua da mídia adianta muito pouco.

E para não dizer que não falei das mal-cheirosas flores, o que dizer da mulher da propaganda de cerveja que aponta claramente qual a função da mulher na sociedade: ser algo (e não alguém) belo e que sirva bem. Estimula a mulher a ser esse objeto e o homem a consumir esse objeto. E quando esse homem, cansa dessa beleza, ou quando a bundinha cai um pouco e o cabelo não é mais tão vistoso? Só resta mesmo deseperar-se por clínica que remendem isso tudo, pois se o tal homem está com tal mulher por isso, não é de se espantar que ele vai trocá-la uma um modelo mais novo e mais moderno assim que o atual sair de moda. Só sendo muito burra para não preceber isso – não é verdade? Saída?!

Ainda penso na tartaruga como a melhor opção…