Archive for the 'Pessoal' Category

FIMCOMEÇO

Poema que fiz em set/2007…

 

Parti d´A falta que ama

livro do poeta beijo-flor

e fui além,

apesar,

de leitura anterior,

leia-se 35,

some-se uma dúzia,

mais seu consecutivo,

ao último acrescentar meia dúzia.

Dúvida?

Basta seguir as instruções.

Aí ressignifiquei-o!

Basta.

Foi este o resto da divisão,

e tomei a liberdade de brincar

de poesia.

Não.

Poetisa não me pretendo,

pois é negócio de grande responsabilidade.

Não simplesmente se acorda

e se é.

Mas ousei.

Ousadia me levou:

longe, alguém…

correspondi

e perdi.

 

Sua obra começa

pelo fim

das comemorações de aniversário:

DISCURSO

E para quem já fez,

sabe como é:

faz – refaz – monta – remonta – relê.

 

Remontei, lei e preferi as pares

(com as devidas adapatações

que o tempo e as intenções

fazem aos pares):

 

Eternidade

não existe

Valeu a pena farejar-te

como a um cão

nos chamados instantes inesquecíveis.

Por que mesmo?

em êxtase

e dor

em paz

e inquitude

o acabamento perfeito

Até existe a palavra

letra morta

incomunicável

impenetrável

que nem a nós mesmos confessamos

e nunca o faremos.

 

Porque teu sorriso era de fraude.

 

E da 15, idade das menina-moças,

passo ao quarto

de século

quando Qualquer

TEMPO É TEMPO

agora meu,

hora de (re)nascer

de ver, rever

de viver.

 

Volto à dele

(apenas por mais um ano)

cujo título é duplo

não mais transparência

não mais ele

Apenas minha

ida.

Dica de limpeza p/ o mat de yoga

Estes dias foram bem tensos para mim e resolvi então meditar um pouco, aprumar um pouco o espírito e retornar à prática de YOGA.

Aí fui lá pegar meu mat, que havia ficado num canto do quarto – estava empoeirado, um tanto sujinho… fui limpá-lo e surgiu a dúvida: é só água que passa? Pode passar detergente? Sabão?

Dei uma pesquisada e achei as seguintes recomendações de como lavá-lo:

– colocar numa banheira com água, 3 gotas de sabão neutro e 1/2 copo de vinagre branco;

– esfregar com uma esponja;

– enxaguar com água limpa até sair todo sabão;

– secar o excesso de água enrolando-o numa toalha;

– deixar secar completamente ao ar livre.

Observações importantes:

– pode ser deixado de molho um tempo na mistura inicial, se necessário;

– não pode ser lavado na máquina de lavar.

Monte Verde

Bem… a escolha por Monte Verde, desta vez, não foi aleatória. Em 2007 até que foi sim… tínhamos cerca de 3 meses de namoro e foi um local em que pudemos nos conhecer melhor, ficar sem os olhos dos amigos, de ex, das famílias – era olhos nos olhos e só. Verdade + amor = uma certeza, queria ficar com o Di, era a escolha certa a se fazer. Escolha? Sim, porque à época, a ex dele era minha amiga e até agitou para que ficássemos, mas quando finalmente rolou, ela sempre punha-se inoportunamente no meio de nós (inclusive fisicamente falando… minhas amigas, vocês certamente se lembram disso). Aí, fiquei numa super sinuca de bico, se ela se portava assim, seria porque ainda gostava dele e deveria eu me afastar? Foi a essa escolha que me referi. Decidi que, ponderando os caráteres, ele valia infinitamente mais a pena e percebi isso, de fato, em Monte Verde em nov/2007.

Diego fotografando

Diego fotografando

Monte Verde tem para mim o significado pessoal do recolhimento, do distanciamento dos problemas e reflexão tranquila sobre eles. Funcionou – ou pelo menos, fez-me bem tanto em 2007 como em 2011.

Desta vez, voltei para a virada de ano, também com o Diego. Mas as intenções eram outras, embora continuemos a nos conhecer dia a dia, o foco era termos um tempo juntos, as pressões e preocupações são outras. Ainda bem! 2011 foi um ano cujo nosso tempo foi escasso, e quando digo nosso, refiro-me ao tempo para Dée e Di sem ninguém ou algum compromisso. Foi um ano marcado por passos doídos, pouco sono, pouco tempo de reflexão sobre nós e sobre o mundo. Foi um ano de muitos testes e muito apoio, difícil e que valeu. Fui para lá querendo somente estar, no presente, com o Di. E foi isso que ocorreu. Comemos bem, na hora e o que tivemos vontade. Dormimos quando e quanto desejamos. E fizemos outras coisas mais, claro 😉

Risoto de pinhão com truta defumada

Risoto de pinhão com truta defumada

Desta vez, ficamos numa pousada na avenida principal, a Banyvas, que fica do outro lado do Boteco do Lago, que foi o primeiro lugar onde almoçamos: eu fui de picanha com risoto de funghi e o Di foi de truta defumada com risoto de pinhão. Delícias! Sem contar que o restaurante contava com música ao vivo de boa qualidade (pop-rock nacional e internacional) que dava para ouvir, baixinho, gostosamente, do nosso quarto, mais tarde.

Andamos pela cidade, fizemos a contribuição turista (compramos lembranças para nossos entes queridos) e estivemos ali, no presente, inteiros. Ou quase, eu precisava mandar um texto relativo à revisão do meu TF (trabalho de formatura)…

Eu e o prato típico mineiro n'O Caipira

Eu e o prato típico mineiro n'O Caipira

No dia seguinte resolvemos comer comida típica mineira n’O Capira. Muito boa, e acompanhada de bebida gelada servida no copo de alumínio (cerveja, refrigerante, etc.). Outra refeições muito boas tivemos em outros lugares, como o creme de palmito no Marcius e o rodízio de sopas e fondues no Dom Luiz – onde passamos a virada do ano.

Tem bastante artesanato bom e bonito por lá! Um dos locais que mais me encantou foi uma loja de móveis rústicos de lá, a Paiol. Não é barato, já aviso, mas a madeira usada em geral é de demolição e tem certificação.

 

Esquilo de Monte Verde

Esquilo de Monte Verde

Conhecemos a pousada Locanda Belvedere que abriga o fantástico Museu da MPB, comandado Roberto Lapiccirella, músico e pesquisador de MPB que mantém o site Ao Chiado Brasileiro – sítio dedicado à pesquisa da Música Popular Brasileira, em especial da primeira metade do século XX. Foi na Locanda onde vi um esquilo lindo – e que não era de brinquedo! Aliás minha senha ficou sendo “a menina que acho que o esquilo era de brinquedo” – huahuahuahua.

Enfim, para não deixar muitas pendências de 2011 para 2012, terminei o texto referente às revisões do TF após a primeira noite de 12h de sono – foi bem tranquilo e rápido de fazer, descansada.

Di e Dée na virada 2011-2012

Di e Dée na virada 2011-2012

Já falei bastante dos locais a que fomos, mas tem um monte de lugares aonde eu queria ir e não fui – não por falta de tempo ou dinheiro, mas porque meus pés não aguentariam as trilhas (do Platô, da Pedra Redonda, do Chapéu do Bispo, da Pedra partida, do Selado) nem as corredeiras. Ficam aí planos para a próxima estadia na cidade… Em 2012, Monte Verde foi semente de planos para o futuro 🙂

 

Isso é um problema de engenharia?!

Por diversas razões, relembrei de uma dinâmica que um professor meu da Poli em aula de Tecnologia do Concreto uma certa vez…

Ele apresentou a manchete do jornal do dia a respeito das inundações na cidade de São Paulo no dia anterior e perguntou à sala: “Isso é um problema de engenharia?”
A sala ficou em silêncio como fomos bem adestrados a ficar por toda nossa vida escolar…
Ele propôs então a seguinte dinâmica: de um lado deveriam se sentar os que achavam que era um problema de engª, do outros os que achavam que não era um problema de engª e, no meio, os que achavam que era um problema dos políticos. Eu estava na sala junto com um amigo e entre nós houve um olhar cúmplice de que era óbvio que se tratava de um problema de engª, assim como de gestão de políticas públicas, etc. e que toda a sala sentaria do nosso lado.
Qual não foi nossa surpresa ao ver que apenas 6 pessoas (4 além de nós) achavam que inundações urbanas tinham alguma coisa a ver com engª. Uns 4 achavam que o problema era dos políticos e a grande maioria achava que isso não tinha nada a ver com engª.
Interessante foi a argumentação daqueles deste último grupo dizendo que, se o engº seguiu à risca as normas no momento de construir as estruturas hidráulicas ele não tinha nada a ver com o caso. Vejam, não estávamos discutindo responsabilização legal nem nada disso… Era uma discussão sobre engª no âmbito mais abstrato e isso havia ficado claro por parte do docente. Foi ignorado inclusive o que foi dado em aulas anteriores da própria disciplina explicando como e quem fazem as tais normas técnicas.

Bem, só posso dizer que esse dia me marcou.

Abertas inscrições para 3ª Conferência Estadual de Política para Mulheres

Abaixo, segue comunicado do CONSELHO ESTADUAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA HUMANA – CONDEPE

A Comissão Organizadora da 3ª Conferência Estadual de Política para Mulheres (3ª CEPM) CONVIDA as mulheres do Estado de São Paulo, para participarem das seguintes Comissões que compõe a Comissão Organizadora da 3ª CEPM:

1- COMISSÃO TEMÁTICA

2- COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO

3- COMISSÃO DE ARTICULAÇÃO E MOBILIZAÇÃO

4- COMISSÃO DE RELATORIA

As inscrições para a participação nessas Comissões deverão ser feitas exclusivamente através do e-mail: cecfeventos@gmail.com e serão recebidas impreterivelmente do dia 22 ao dia 28 de agosto de 2011.

Para inscrever-se é necessário informar o nome, o e-mail, se pertence a alguma entidade, movimento de mulheres ou órgão governamental, se positivo, informar qual, e a Comissão que fará parte.

A primeira reunião das Comissões acima citadas, ocorrerá no dia 2 de setembro, às 10,00 horas, na sede do CECF, à Rua Antonio de Godoi, 122, 6º andar – Santa Efigenia – São Paulo – SP.

qdo eu me formar…

É, está chegando perto e tudo o que consigo pensar é nas inúmeras coisas que quero fazer depois de não ter mais que pensar todos os dias “hj tenho que ir para a Poli… aff”. E os pensamentos não giram em torno de emprego ou qual a empresa dos meus sonhos de carreira…. após breve sensação de culpa por não estar ansiosa com os assuntos que todos esperam com que eu esteja, fico olhando o infinito da janela do meu quarto, as gotas de chuvas caindo no chão, as pessoas passando em alta velocidade do lado de fora do ônibus.

E enumero, quais e quantos livros tenho vontade de ler;

as diversas línguas que tenho vontade de estudar e entender, por meio delas, outras culturas;

o tempo de ócio criativo que poderia ser dedicado a simplesmente pensar o mundo;

as diversas receitas culinárias que gostaria de experimentar, com o devido tempo de cocção e também de apreciação;

os diversos parques da metrópole paulistana que mereciam uma tarde de piquenique e fotos com pessoas queridas;

os longos minutos de observação real das pessoas nas ruas;

a retomada com calma dos teoremas matemáticos que foram decorados e cuspidos em folhas brancas A4 nestes anos;

o entendimento de como se dão as relações de educação social e política das pessoas que fazem ou não funcionar nossos maravilhosos projetos de engenharia;

a sensação de felicidade sem pressa que pode proporcionar um bom pega-pega com as cachorras e esconde-esconde com crianças.

Sinto falta de viver: por isso minha dedicação em terminar a Poli o mais rápido possível – é a única coisa que me consome e me faz mal neste momento.

 

VENDO GELADEIRA

Como já disse por aqui, este é o blog do tudo junto e misturado… então, tratando de questões cotidianas anuncio:

Vendo geladeira Consul Biplex bege por R$150,00. É daqueles modelos mais antigos, maiores (dimensões externas ~70 x 70 x 170cm).

Foto externa da geladeira

Foto externa da geladeira

 

foto interna da geladeira

foto interna da geladeira

detalhe: marca

 

É preciso retirar no local. Data negociável 😉

Interessad@s, escrevam-me!

HUG DAY

8 de março + 2 = 8 de maio

Maio, mês que começa nos relembrando da luta dos trabalhadores e, conforme prometido, pretendo relembrar todo mês a luta das mulheres. Então, nada melhor que somar os assuntos e falar da mulher trabalhadora. Aquela mulher que estuda (em média mais que os homens) e trabalha também mais que os homens. Mas não falo do trabalho formal com carteira assinada, falo da dupla jornada, ou mesmo tripla jornada: esposa, mãe e profissional. Sobre este ponto, já me apontaram que o homem também tem jornada tripla (esposo, pai e profissional). Ambos desempenhos vários papeis, porém ao homem é reservada a tolerância quanto à pouca dedicação doméstica: pais e esposos ausentes por conta do seu lado profissional. E da mulher, da “boa mulher”, da Amélia[1], em geral, é esperada compreensão em relação à prevalescência da atividade pública (profissional) em relação à privada (esposa e filhos). Do homem espera-se que cumpra o papel do provedor e, da mulher, o de submissão.

Dizem por aí que feminismo não tem mais sentido porque os tempos mudaram, porque após a pílula, podemos fazer sexo com quem quisermos sem engravidar, podemos usar calças, nos separar em casamentos indesejáveis e até trabalhar para adquirir certa independência financeira. Que mais podemos querer, não é mesmo?

Bem, há muito o que discorrer em vários aspectos sobre o que ainda queremos e precisamos: o nosso livre arbítrio em relação a nosso próprio corpo ainda tem muito o que avançar, o julgamento social pela quantidade de parceiros sexuais ainda existe e incorre em muito preconceito com as mulheres (diferente dos homens), e, no mercado de trabalho – foco deste post – ainda somos claramente desvalorizadas pois ganhamos menos que os homens no desempenho da mesma função.

Recentemente, a RAIS[2] (Relação Anual de Informações Sociais) publicou alguns dados, entre os quais:

ELES & ELAS DELES DELAS
reajuste salarial médio geral 2,62% 2,54%
salário médio 2009 R$ 1.828,71 R$ 1.514,99
salário médio 2010 R$ 1.876,58 R$ 1.553,44
salário médio com ensino superior R$ 5.416,66 R$ 3.207,28
reajuste salarial p/ pessoas com nível superior 1,36% 3,17%

O que interpretar disso?

Que mulheres com maior escolaridade estão alcançando percentuais de reajuste superiores ao dos homens, mas que o salário médio das mulheres com ensino superior não chega a 60% do salário dos homens. Mas essa tendência, se mantida, pode levar a maior igualdade salarial no futuro e – pasmem! – fazendo as contas esse futuro não é tão próximo. Se mantidos os 1,36% e 3,17% apresentados por anos consecutivos, praticamente só em 2040 haverá equiparação salarial.

Outro ponto a ser colocado é que o reajuste salarial médio deles é levemente maior que o delas, uma tendência que acentua a desigualdade dos salários médios e que reverte a tendência do ano anteior em que o reajuste do salário das mulheres havia ficado levemente maior que o dos homens. Aqui, cabe reflexão por parte do poder público no que tange às medidas que visam inclusão e diminuição das desigualdades. O que havia começado a dar certo? O que foi mudado? Onde, como e para quem devem ser dados quais tipos de incentivos?

Questões para os próximos posts 😉

 

Fontes:

[1]"Ai, meu Deus, que saudades da Amélia
Aquilo sim é que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
Mas quando me via contrariado
Dizia: meu filho, o que se há de fazer ?
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era a mulher de verdade"
Mario Lago
[2] RAIS
[3] Universidade Livre Feminista

fábula para Páscoa

O animal símbolo da Páscoa é o coelho – o que me lembra cenoura, não usar óculos e fertilidade – se é que me entendem.

Aí acho um pouco confuso com o significado religioso da Páscoa e depois me lembro que religião e paganismo aprenderam a conviver e se corresponder e ressignificar ao longo desses milênios em que a humanidade já está aí.

Aí, resolvi publicar aqui uma fabulazinha (que fábula tem que ter fundo moral e Páscoa sem bicho e moral não existe) que recebi faz um tempinho por email, cuja autoria eu desconheço.

Ah, e antes que me esqueça, não fala de coelhos pois seria lugar comum, fala de porco espinho 😉

irmãos porco-espinho

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo esta situação, resolveram se juntar em grupos,assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso, t ornavam a se afastar uns dos outros. Voltaram a morrer congelados e precisavam fazer uma escolha: desapareceriam da face da Terra ou aceitavam os espinhos do semelhante.  Com sabedoria, decidiram voltar e ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
Sobreviveram!

É isso aí pessoal, 2012 está chegando e a gente vai fazer o quê?!

Pelo que estou vendo, continuar tocando nossa vidinha… [orelhas baixas]

 

 

 

 

« Página anteriorPróxima página »