Archive for the 'Política' Category

O Direito à Moradia – por Nando Cordel

O direito à moradia

Devia ser tão sagrado

Um ser que habita a terra

Não pode ficar largado,

Na chuva no frio ou no sol

Na rua abandonado.

Não podemos aceitar

Tamanha desigualdade.

Alguns moram em palacete

Outros ficam na saudade.

Dorme, mora a céu aberto

Por fora da sociedade.

Moradia é um direito

De toda população

Por isso que exigimos

Do governo de plantão.

Que construa urgentemente

Um plano de habitação. Read more »

8 de março de 2011

Ontem passou mais um 8 de março, comumente conhecido como dia internacional das mulheres, mas que eu o muitas outras feministas têm por hábito chamar de DIA INTERNACIONAL DE LUTA DAS MULHERES.

De luta porque apesar de termos conquistado o direito ao trabalho e, portanto, à renda e ao sustento  independente dos homens, infelizmente ainda não ganhamos o mesmo que eles para os mesmos postos e funções.

De luta porque apesar de termos conquistado o direito à ingerir a pílula anticoncepcional, ainda não nos conquistamos o direito ao livre arbítrio sobre nossos próprios corpos.

De luta porque apesar de termos conquistados o direito de usar roupas minúsculas, ainda estamos atadas a ditaduras estéticas e amarras morais.

De luta porque apesar de termos conquistado o direito de escolher nossos parceiros sexuais, ainda há julgamentos distintos (para não dizer antagônicos) para homens e mulheres em função do números de parceiros, linguagem empregada, etc.

De luta porque apesar de termos conquistado o direito ao voto, ainda somos minoria nos cargos públicos, seja do legislativo, do executivo ou do judiciário.

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Perdas de alunos da USP…

Mais um estudante da USP é encontrado morto, é o segundo em menos de 1 mês. No início de novembro foi um estudante da Poli, de 24 anos, que foi encontrado num córrego após uma festa tradicional (Corso) de São Carlos. Esta semana, foi um estudante de filosofia, de 42 anos, encontrado na Praça do Relógio (e não em frente à FEA como noticiado por algumas mídias).

O que eles têm em comum? Sinceramente, não sei e acho que pouco – mas certamente eram duas vidas que não precisavam ser perdidas tão cedo. Entretanto, tocam questões delicadas da nossa Universidade e sociedade: festas, excessos e socorro.

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Alckmin, seus secretários e um pouco de memória

Alckmin anunciou recentemente os nomes de mais três secretários:

– Saulo de Castro Abreu para a pasta de Transportes

– Jurandir Fernandes para a pasta de Transporte Metropolitanos

– Guilherme Afif Domingos para a pasta de Desenvolvimento

Saulo, antes, foi corregedor-geral no governo Covas (1995) e secretário estadual de Segurança no governo anterior de Alckmin (2002-2006). Mais precisamente, foi O Secretário de Segurança quando dos ataques do PPC e sua demostração de poderio, paralelo ao Estado, em São Paulo. À época, o secretário defendeu a não divulgação da lista de mortos no confronto Polícia x PCC.

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Alimentos orgânicos

Diz-se muito por aí que nos alimentamos cada vez pior – e é verdade. Eu adoro “junk food“, têm gosto bom e é só: são riquíssimos em açúcares e gorduras além de paupérrimos em nutrientes… e convenhamos, nem só de prazeres fugazes vivemos. A minha sorte é que sempre curti uma saladinha, não porque faz bem, ou porque me obrigavam a comer, mas porque acho o gosto bom mesmo.

Aí, nos últimos tempos, morando sozinha, mais independente e também mais autônoma das minhas decisões alimentares (sem depender do que a família ou a mãe querem comer/cozinhar) passei a consumir mais alimentos saudáveis (frutas, legumes, verduras, etc.) e também passei a conhecer mais o produção deles e do que carregam em si. Com isso vieram as informações sobre agrotóxicos, leites reconstituídos, carnes vindas de processos cruéis, etc.

Assim, resolvi que na medida do possível (e esse possível inclui o bolso) consumirei produtos orgânicos, certificados. Não apenas por serem mais saudáveis, mas também porque estão inseridos em sistemas de produção mais sutentáveis.

Por fim, como consumidora que reclama quand acho algum produto/serviço ruim, acho que cabe promover aqueles que achamos bons e, dentre esses, estão:

Sementes de Paz – de quem eu compro alimentos orgânicos (eles entregam semanalmente em casa)

Quintal dos orgânicos – onde fui, desfrutri de um ótimo almoço e que tem além de alimentos outros produtos orgânicos como produtos de limpeza e até roupas

Experimentem!

http://pt.wikipedia.org/wiki/Junk_food

TransparencyHackDay – Vazios Urbanos e Moradores de Rua

O que é um TransparencyHackDay?

É um encontro aberto e gratuito articulado pela Esfera que conta com um público interdisciplinar e multiplicador. Tem como objetivo juntar pessoas com diferentes perfis para pensar e criar projetos que resultem em ação política prática e engajamento cívico através da web. O hackday faz parte do calendário da comunidade Transparência Hacker, um grupo de desenvolvedores, hackers, e indivíduos interessados em promover uma nova esfera pública através da web.

Qual é o tema?

Vazios Urbanos, isto é, “espaços e imóveis que não cumprem sua função social“ e moradores de rua – que não conta com verbete na Wikipedia.

Mapeando esses dois dados (demanda social e oferta ociosa) será possível pensar/propor políticas públicas efetivas para a questão das moradias, indicando com precisão dados e localizações. Read more »

Estacionamento em shopping

Esta semana fui ao Villa-Lobos pois queria ir na Livraria Cultura e a mais próxima da USP era a do shopping.

Confessso: não sou muito fã de shopping center!

Motivos? De início é muito provável ter de enfrentar fila no estacionamento, paciência necessária para achar vaga no estacionamento, fila no cinema, filas nos restaurantes, pessoas paradas em frente às vitrines discutindo assuntos tão relevantes quanto a cor da peruca da Dilma… Ah, tem também os preços absolutamente fora de propósito dos produtos vendidos como roupas, objetos de decoração, etc.

Mas tem lá suas vantagens: várias opções de alimentação concentradas na famosa Pça de Alimentação e algumas boas livrarias. Só.

Mas não estou escrevendo para discutir vantagens e desvantagens dos shoppings. Na realidade, escrevo para fazer um protesto quase silencioso e inócuo: os preços abusivos dos estacionamentos.

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“O que é mais importante: explicar a realidade ou convencer?”

Recomendação especial para o dia de hoje: assistam ao filme Cronicamente Inviável de Sérgio Bianchi.

Na mesa de jantar da segunda cena temos a rica hipócrita Maria Alice; Carlos, o rico consciente e concordante com seu papel dominador; Luis, o rico escroto dono do restaurante(ambientação de várias cenas) e a gerente do mesmo restaurante que ascendeu socialmente e reproduz (tal qual o capataz) o papel do opressor.

BA, por Alfredo: Perfeita forma de dominação autoritária: a felicidade! Ainda se insiste em criticar a Bahia, nada mais é que a inveja da genialidade do projeto – enquanto o resto do mundo se esforça para dominar as massas pelo capitalismo, socialismo, guerra, revolução ou consumo… Mas e quem não quer ser feliz? É obrigado a aderir a essa “ficção barata da felicidade moribunda, podre, mijada; essa imagem aprimorada da brasilidade enlatada que é boa para todo mundo”?

Segue-se um programa que parece estar discutindo a identidade nacional a partir da obra Brasil Ilegal* do antropólogo Alfredo Bur. Tal debate conta com três outros esteriótipos: 1) a branca sulista à direita, 2) o indígena à esquerda e 3) o antropólogo conciliador ao centro.

*Detalhe pitoresco, que pode ser devaneio meu, é o título da obra de Alfredo (Brasil Ilegal) ser um trocadilho com o programa Brasil Legal, da Regina Casé em que ela viajava o Brasil, tal qual Alfredo o faz – cada qual de modo e acidez bem diferente.

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Do lado de cá & do lado de lá

Por Danilo Verpa / Folhapress

por Andrew Macconell

Passe um olhar por cima das duas imagens, rapidamente, até parecem do mesmo local – ou serem possíves de ser no mesmo local…

A primeira tem locação no Brasil, São Paulo, bairro da Luz – local que receberá a mais direta importação de um projeto de “revitalização” – entre escombros da obra perambulam usuários de drogas e traficantes.

A segunda,foi tirada num campo de refugiados no norte de Kivu, na República Democrática do Congo, onde vivem 4000 pessoas que foram obrigadas a abandonar suas casas por conta da guerra.

Na primeira, a guerra é interna, íntima para o usuário e intimidadora para o Estado.

Na segunda, a guerra expõe a crise do Estado.

Nós, brasileiros, fingimos não ver nossos campos de refugiados e nossas guerras cotidianas.

Nem eleições mudam isso…

Folha de São Paulo – não dá mais para ler…

Há muito tenho vontade de escrever sobre isso, sobre meu desinteresse crescente por alguns canais/portais de comunicação, como é o caso da Folha de São Paulo e do UOL, ambos do Grupo Folha.

Acabei de ler o post do Nassif e, embora tenha consciência que há certas rusgas entre ele (pró-Lula) e a Folha (pró-Serra), acho que as críticas por ele feitas são absolutamente válidas e mesmo eu não sendo pró-governo me identifico com a asfixia cada vez mais gritante produzida pelo Grupo Folha.

Na realidade, eu desisti da Folha de São Paulo há uns 2 anos, quando ainda morava na casa da minha mãe e assinávamos o referido jornal. Leitora assídua, lia há anos as colunas, com predilação pelo primeiro caderno. Sempre recomendei e a preferi a’O Estado. No entanto, mesmo com a centelha de salvação que era a seção Tendências & Debates, procurando expor opiniões diferentes sobre algum assunto, cada vez menos conseguia ver pluralidade de pensamento nas linhas impressas diárias.

Não fazia qualquer campanha contra o meio de comunicação … até o “caso Ditabranda“, em fevereiro de 2009. Essa foi a gota d’água pois não era sequer possível atribuir a opinião a algum articulista – a classificação de nossa Ditadura como branda foi propalada no Editorial do jornal. Agora, recomendo sempre que posso, que não assinem o jornal ou portal  do grupo, ou que, ao menos, busquem mesmo outras fontes sobre o mesmo assunto.

Realmente não é errado que um jornal tenha um cadidato, mas o problema é a hipocrisia de não assumir isso e tentar enganar o leitor(a) apresentando o tom denuncista em relação ao PT como necessário e “neutro serviço de interesse público”, quando na realidade é pautado por um claro interesse corporativo.

Hoje, já não mais na casa de minha mãe, insisto que ela cesse sua assinatura, ao que ela retruca: “mas preciso de jornal para os cachorros fazerem xixi em cima”… menos mal o jornal praticamente não frequentar a mesa de centro da sala.

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